O tempo não só apaga luzes amarelas;
o tempo cria desconhecidos. Assim,
nós, somos a vibração de um grito
que transcende o pó do incenso
e entretanto as memórias são cáries
do futuro agarradas à nostalgia do ser
- horizonte e insónias nas tuas cadeiras-.
Serás o óxido,
serás a jóia,
serás um coração de azeite,
serás sangue de cinco caveiras.
A gente irá despedir-se gritando
porque então o silêncio terá
tentáculos verdes
e o mar fará reflexo na tua testa
igual que um montão de cornos jovens
e delicados que amarás com teus olhos.
Assim te adornas: celeste como o mar,
(com o desfazamento entre as palavras)
amarelo como o amor sem peixes.
Traducción: Alexandre Afonso.
1 comentario:
Sólo para decirte que me gustan mucho tus poemas!
Saludos desde São Paulo, Brasil.
Ivan Fornerón
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